“Au Revoir”
Fui em direção a ela, como quem caminha na areia, em linha reta, ao fundo do mar.
Fui, sem pensar se iria me afogar, se iria voltar.
Ela tinha gosto doce, mas os seus dissabores também me remetiam ao salgado mar.
Fui em disparada linha reta, sem, por diversas vezes, conseguir respirar.
O mar me soa como o melhor exemplo para essa paixão explicar.
A maré estava cheia e, quando se recolheu, devolveu-me à beira, naquela areia, onde eu acabara de pisar.
Acontece que eu era dela, mas não pertencia àquele mar.
Mulher, por que fui te amar?
Marina Carraro
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